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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Segunda-feira, 30 de Junho de 2008
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Crónica: Heróis acidentais
A Lusa deu-se ao trabalho de contar os deputados que se encontravam
quarta-feira, pelas 17.20, no plenário da AR, onde se debatia a Conta
Geral do Estado.
Dos 230 eleitos, estavam presentes 42. Os restantes 188 andavam, como
Santana Lopes, “por aí”, talvez no bar a beber um copo e a comentar
as incidências da contratação de Cristian Rodriguez pelo F. C. do
Porto, talvez a dormitar em alguma comissão, talvez, quem sabe?, já
no comboio ou no avião a caminho de um mais que merecido fim-de-
semana. Discutiam-se, no plenário, insignificâncias como a questão do
défice, o desenvolvimento, o empobrecimento dos portugueses. Lá fora
estavam 30 graus, e só quem não tivesse nada que fazer é que perderia
tempo numa discussão cujo resultado antes de o ser já o era. Os
historiadores do futuro cantarão a epopeia dos 42 das Termópilas
parlamentares, em que uns poucos de deputados, encafuados num
desfiladeiro de cadeiras vazias, enfrentaram as hordas por assim
dizer persas do desprestígio da AR. Mas pode bem ter acontecido que
os 42 heróis acidentais apenas tivessem o ar condicionado avariado em
casa.
Manuel António Pina
https://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina
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2. Fogos com mobilização recorde de meios aéreos
O balanço provisório das fases Alfa e Bravo revela que, em 2008, os
fogos florestais e a área ardida mais que duplicaram em comparação
com o ano anterior. De 1 de Janeiro até 15 de Junho registaram-se 871
fogos florestais, quando em 2007 apenas tinham sido assinalados 354 e
a área ardida passou de 1.228 para 3.454 hectares.
Já no que diz respeito à distribuição geográfica, o relatório
provisório da Direcção-Geral dos Recursos Florestais indica que os
distritos mais afectados foram a Norte. Braga, Vila Real e Bragança
tiveram 907, 670 e 425 hectares queimados, respectivamente. Os
distritos menos atingidos foram Évora, Portalegre e Beja, com apenas
quatro, cinco e oito hectares ardidos. A maior quantidade de fogachos
num distrito – 394 – foi registada no Porto.
A Fase Charlie, a mais delicada do ano em termos de incêndios, tem
início amanhã com a mobilização do maior número de meios de sempre.
Estarão no terreno 2.373 equipas, comportando 2.266 veículos, 9.642
elementos e 56 meios aéreos. Mais 487 viaturas, 806 homens e quatro
aeronaves do que em 2007. A Força Operacional Conjunta (FOCON) vai
contar com meios humanos e materiais de vários organismos estatais e
privados: bombeiros, Direcção-Geral dos Recursos Florestais, Guarda
Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, sapadores das
Forças Armadas, equipas de vigilância e primeira intervenção do
Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e equipas da
AFOCELCA, uma associação criada pelo Grupo Portocel Soporcel, a Celbi
e a Celulose do Caima para a prevenção e combate dos incêndios
florestais.
Ontem, devido às elevadas temperaturas previstas, o Instituto de
Meteorologia colocava alguns concelhos dos distritos de Santarém,
Castelo Branco e Portalegre em “risco máximo” de incêndio e os
restantes concelhos destes distritos, juntamente com os do Algarve,
Alentejo, Guarda, Bragança, Viseu e Vila Real em risco “muito
elevado”.
https://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=962930
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3. Centros de ruralidade no Porto
Está concluído o Plano Estratégico de Ambiente da Área Metropolitana
do Porto, também conhecido como Futuro Sustentável. O plano de acção
e as medidas a implementar serão divulgadas publicamente no dia 2 de
Julho durante o fórum «Ambiente na Área Metropolitana do Porto». As
grandes acções a concretizar pelas autarquias do Grande Porto passam
por quatro grandes áreas: Água, Mobilidade e Qualidade do Ar,
Ordenamento do Território e Educação para a Sustentabilidade.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=a952a3d25fd7aaa22a8997b6590579a6
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4. Qualidade da água atrai mais turistas ao interior
De acordo com o responsável pela área de recursos hídricos do
Instituto da Água (Inag), a qualidade da água e a frequência média
dos banhistas, que era, em muitos casos, inferior a cem, foram os
principais obstáculos ao aumento do número de praias fluviais, mas a
situação melhorou nos últimos anos.
Portugal investiu cerca de três milhões de euros, através do Programa
Nacional de Valorização de Praias Fluviais, para dotar as áreas do
interior do país de novos espaços associados a actividades
recreativas e lúdicas, proporcionando às populações, locais seguros
para banhos em águas interiores.
https://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=962857
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5. Coimbra: Metro longe do consenso
Alvo de polémicas desde que, em 1993, começou a ser falado como
aposta na mobilidade em Coimbra, o metro permitiu já algumas
renovações urbanísticas, mas está ainda longe de circular e ser um
projecto consensual na região.
A Câmara de Coimbra, após ter rejeitado o futuro traçado urbano do
metro na Solum, acaba de aprovar a localização das paragens no único
troço do projecto que não pode suscitar dúvidas na cidade: o
centenário ramal ferroviário da Lousã, que liga as estações de
Coimbra B, na Linha do Norte, e Serpins, com cerca de 35 quilómetros.
Carlos Encarnação, presidente da Câmara de Coimbra, a principal
autarquia envolvida no projecto, reclama que o Governo garanta por
escrito que a electrificação será realizada, de uma só vez em todo o
trajecto.
Na Baixa, a Cooperativa Agrícola quer construir um novo edifício, mas
espera pelo licenciamento há seis anos, já que a Câmara faz depender
a sua decisão do futuro do metro, que ali ligará em “T” à ferrovia.
Favorável a um transporte urbano do tipo metro de superfície, o
gerente da instituição, Joel Figueiredo, afirma à Lusa que a
Câmara “não tem demonstrado vontade” de atender a pretensão da
cooperativa e lembra que, ali ao lado, o prédio da Loja do Cidadão
foi construído prevendo a passagem do metro.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Coimbra&Concelho=Coimbra&Option=Interior&content_id=962921
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6. Onde pára o «Livrão»?
Trata-se de uma campanha inovadora em Portugal, com o objectivo de
recuperar livros escolares usados, dando-lhes uma nova vida ou
encaminhando-os para a correcta destruição. A iniciativa foi do Clube
dos Livros, em parceria com a instituição particular de solidariedade
social Entrajuda e as Livrarias Bertrand.
Segundo o comunicado da Entrajuda, “a partir de 20 de Junho, será
possível depositar os livros escolares usados nos «Livrões» (pontos
de recolha) colocados na rede de Livrarias Bertrand, agências da
Caixa Geral de Depósitos, lojas Pingo Doce e Feira Nova aderentes,
lojas do Instituto Português da Juventude (IPJ), para além de muitas
escolas aderentes ao projecto. Ao todo, estão previstos cerca de 970
pontos de recolha onde poderão ser entregues os livros escolares
usados”.
A campanha prevê ainda que os livros escolares reutilizáveis, “ainda
em vigor e em bom estado, possam ter um valor equivalente a 20 por
cento do respectivo valor de capa. Este será pago ao dador do livro
por transferência bancária, uma vez verificados os requisitos
inscritos no folheto que se encontra aposto no «Livrão»”.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=32353fb7be177a066e792f1b426cea54
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7. Bragança: Novo Centro de Arte Contemporânea
O primeiro-ministro José Sócrates inaugura hoje, em Bragança, o
Centro de Arte Contemporânea, resultado de um projecto ibérico que
encerra o maior ciclo de investimento municipal em equipamentos
culturais.
O projecto com a assinatura do arquitecto Souto Moura teve um custo
global de quase 5,2 milhões de euros e tem o nome da pintora
transmontana Graça Morais, que será também a principal dinamizadora
deste novo espaço. O Centro de Arte Contemporânea é o primeiro do
género no Nordeste Transmontano e vai ter uma exposição permanente de
pintura e desenho de 1983 a 2005 de Graça Morais, distribuída por
sete salas. No espaço dedicado à pintora transmontana serão também
dinamizados programas específicos para as escolas, workshops
temáticos, ateliês de artes plásticas, encontros com artistas
plásticos, projectos de cooperação e visitas guiadas, entre outras
actividades.
O núcleo de Graça Morais ocupa o recuperado solar dos Sá Vargas, um
edifício setecentista no centro histórico da cidade, onde funcionou o
Banco de Portugal. Um novo módulo construído de raiz vai albergar
exposições temporárias, contando na inauguração com as obras do
pintor nortenho Gerardo Burmester, que ficará patente, em Bragança,
até Outubro. O novo espaço tem ainda centro de documentação, uma
livraria/loja e um bar/cafetaria com uma esplanada no jardim
interior. O município de Bragança contou com a colaboração da
Fundação de Serralves para a definição do programa-base inicial e na
organização e estruturação das exposições.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c20ad4d76fe97759aa27a0c99bff6710&subsec=&id=ca85033fed7f64d045d3dba262d40fc7
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8. IVA desce amanhã
A taxa do IVA desce amanhã um ponto percentual, para 20 por cento. Um
especialista critica a decisão e garante que terá efeito praticamente
nulo no bolso dos portugueses. A banca e a distribuição, acrescenta,
serão os sectores mais beneficiados.
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=45c48cce2e2d7fbdea1afc51c7c6ad26&subsec=&id=a1a2db3edc34a8b6290b4b887b10911e
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
https://groups.yahoo.com/group/pned/
Se quiser consultar os boletins anteriores veja
https://campoaberto.pt/boletimPNED/
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
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