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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
Segunda-feira, 14 de Julho de 2008
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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Crónica: Boas notícias
Os últimos dias foram férteis em boas notícias. Enquanto Sócrates
prometia uma redução de 30% num imposto que não existe (o IA sobre
automóveis eléctricos), a ministra da Educação anunciava que os
alunos portugueses se tornaram, de um ano para o outro, génios
matemáticos graças ao ovo de Colombo saído da mente imaginosa do seu
Ministério: só lhes perguntar o que sabem, ou ainda menos,
assegurando-lhes assim, mesmo aos mais ignorantes, aquilo que a
directora de Educação do Norte classifica como o seu “direito ao
sucesso”.
Por sua vez, Vieira da Silva louvava no fim-de-semana efusivamente
no “Expresso” as esquisitas virtudes do “seu” Código do Trabalho.
Parece que o BE vai fazer suas, na AR, as propostas de alteração que
o mesmo Vieira da Silva em tempos fez ao Código Bagão Félix.
O país está suspenso do modo como votará o PS as medidas que
preconizava quando era Oposição, e que voltará a preconizar quando
for Oposição outra vez, assim como a ministra da Educação passará
então a ser a mais acrisolada crítica do facilitismo. Pensando bem,
deveria ser sempre a Oposição a formar Governo.
Manuel António Pina
https://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?
content_id=967734&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina
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2. Porto: Obras em casas sociais com fraca receptividade
É um projecto que a Câmara do Porto reiniciou há cinco meses e que
visa aliciar osinquilinos dos 48 bairros municipais a fazerem obras
no interior das casas. Mesmo com 75% de descontos nos materiais só
525 mostraram-se receptivos à ideia.
“A Câmara cuida por fora e ajuda a cuidar por dentro” é o slogan do
projecto “Casa como nova”. Lançado pela Autarquia em 2006 e
protagonizado pela empresa DomusSocial, o programa tem como objectivo
promover, junto de inquilinos municipais, a manutenção e o zelo das
boas condições no interior das suas casas, e fazer com que “tenham
gosto para cuidar das suas próprias coisas”, conforme disse Filipa
Melo, do Conselho de Administração daquela empresa.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?
Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=967691
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3. Vila Nova de Gaia: Refúgio de aves invadido por tendas e
banhistas
Há maus hábitos difíceis de derrotar e o Cadebelo, em Gaia, é um
exemplo. O refúgio ornitológico do Estuário do Douro, criado para a
protecção de mais de 100 espécies continua a ser invadido por
banhistas e por campismo ilegal.
Pára-ventos, guarda-sóis, toalhas e tendas de todas as cores cravados
na areia e entre a vegetação autóctone. Um cenário habitual em
qualquer área balnear do país, só que, no Cabedelo, tudo isto é
proibido. No Verão, o areal banhado pelo rio Douro é invadido por
campismo selvagem e por pessoas que trocam as praias de bandeira azul
na frente marítima gaiense (que ficam apenas a poucos metros daquele
local) por um espaço não vigiado, sem equipamentos de apoio e onde a
água é extremamente poluída.
Regularmente, vêem-se ainda pessoas a passear e a treinar os cães
soltos no areal extenso, utilizado, também, como pista de viaturas de
todo-o-terreno. A actual lei já condena a maioria destas acções, mas,
este ano, existe uma agravante: o espaço no Estuário do rio Douro
encontra-se classificado como refúgio ornitológico por iniciativa da
Câmara de Gaia e da Administração dos Portos do Douro e Leixões
(APDL). O acordo vigora desde o final de Dezembro do ano passado.
Todas estas actividades põem em causa a segurança e a protecção de
mais de uma centena de espécies que, durante o ano, passam pelo
Cabedelo para nidificarem e recuperarem forças. Muitas fazem-no antes
de encetarem a longa viagem migratória. Ao serem perturbados por cães
e por pessoas a cavalo ou em moto-quatro, as aves não conseguem
alimentar-se bem para enfrentar milhares de quilómetros de voo.
Então, morrem de fraqueza ou ficam vulneráveis a outros animais.
A interdição não é surpresa para ninguém. Não faltam placas de
madeira informativas, espalhadas pela recém-criada área de protecção
às aves, onde são indicadas as práticas ilegais. No entanto, algumas
foram já roubadas e outras vandalizadas.
Apesar de serem puníveis com multas que podem ir dos 50 aos 4360
euros, os hábitos não se alteram e a desobediência compensa sob o
olhar de quem possui a tarefa de fazer cumprir a legislação. As
autoridades policiais cruzam diariamente aquela área, contudo nada
fazem para demover e para punir os infractores. E as polícias
Marítima e Municipal até já receberam alertas do presidente do Parque
Biológico, responsável pela gestão do refúgio.
Há duas semanas, a Câmara de Gaia aprovou uma proposta de regulamento
municipal dos parques e das áreas de conservação da natureza sob a
vigilância do Parque Biológico. As regras permitirão uma actuação
mais incisiva, garante o responsável. Acampar ou montar tendas, fazer
praia fora dos locais autorizados e a presença de cães integram a
lista das actividades a punir com coima.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?
Distrito=Porto&Concelho=Vila Nova de
Gaia&Option=Interior&content_id=967541
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4. Porto: Águia D’Ouro converte-se em hotel
O Águia D’Ouro vai reabrir 20 anos após o encerramento em Dezembro de
1989 no Porto. O quarteirão, que acolheu o antigo cinema, recupera a
sua primeira vocação ao converter-se num hotel no último trimestre do
próximo ano. A futura unidade hoteleira de duas estrelas preservará a
derradeira fachada de um edifício, que sofreu remodelações ao longo
dos anos e encontra-se hoje em ruínas. Os arquitectos Nelson de
Almeida e Rosário Rodrigues, da FA-Arquitectos, assinam a
transformação do imóvel, comprado pelo grupo Endutex à Solverde em
Janeiro.
O grupo Endutex, associado à cadeia francesa B&B, investirá 6,7
milhões de euros na construção do hotel (rés-do-chão e quatro pisos,
sendo o último recuado) com 110 quartos, dois jardins interiores e
estacionamento para os hóspedes enterrado.
Nelson de Almeida e Rosário Rodrigues buscarão inspiração nos
elementos de Art Deco tardio do cinema para introduzi-los na
decoração da área de recepção do futuro hotel. Reconhecendo as
dificuldades acrescidas da reabilitação, os arquitectos entendem que
o quarteirão fica a ganhar com a intervenção, pois o “interior
maciço” deste núcleo dará lugar a um espaço mais aberto com a criação
de pátios e de jardins. As empenas dos edifícios na envolvente,
voltadas para os jardins interiores, serão tratadas.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?
Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=967349
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5. Coimbra: Margens do rio Alva cheias de lixo
Carrinhas cheias de lixo e a identificação de “lixeiras ilegais” pelo
caminho. Este foi o resultado da acção de limpeza do Rio Alva
realizada, este fim-de-semana, pela associação ambientalista ALERTA
em algumas zonas dos concelhos de Oliveira do Hospital e Arganil.
Estiveram envolvidas 45 pessoas que percorreram margens e valetas a
pé, com recurso a canoas.
Ontem, os intervenientes na acção operaram junto à praia fluvial de
São Gião. Os sacos de recolha de lixo iam-se amontoando nas canoas e,
à beira da estrada, a carrinha ia ficando sem espaço para tanto lixo.
De luvas nas mãos, os defensores do ambiente da Beira Serra não
hesitavam em recolher o mais possível, com destaque para resíduos de
obras de construção civil. “Vamos continuar com esta acção de limpeza
até que o lixo desapareça e as pessoas tomem consciência do drama que
é poluir a natureza”, asseverou a responsável pela associação, que
tem já em vista uma acção de sensibilização contra o uso de sacos
plásticos nas superfícies comerciais.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?
Distrito=Coimbra&Concelho=Oliveira do
Hospital&Option=Interior&content_id=967685
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6. Coimbra: Anfiteatro nasce na Quinta das Lágrimas
Coimbra tem um novo palco, ao ar livre, entre o verde da Quinta das
Lágrimas. O anfiteatro é inaugurado no dia 20, com um concerto de
Bernardo Sassetti e Mário Laginha. Chama-se “Colina de Camões”, em
homenagem ao poeta.
Situado nas traseiras do Hotel Quinta das Lágrimas, lugar de arvoredo
e fontes, o anfiteatro suporta, pelo menos, 850 pessoas sentadas. As
bancadas não são contínuas; existem, entre elas, pedaços de relva que
convidam à informalidade. Nos pontos mais altos, tem-se vista
privilegiada sobre a torre da Universidade e o amontoado de casas.
Mas a atenção centra-se no lago onde vai reflectir-se o palco, a
erguer atrás.
Todavia, o espaço não pretende ser de uso exclusivo da Fundação Inês
de Castro e do Hotel Quinta das Lágrimas. “Este é um espaço
completamente disponível para a cidade”, explicou a arquitecta
paisagista Cristina Castel-Branco, autora do projecto e mulher do
proprietário da Quinta das Lágrimas, José Miguel Júdice.
https://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?
Distrito=Coimbra&Concelho=Coimbra&Option=Interior&content_id=965770
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7. País: Táxis mais caros a partir deste dia 15
A partir deste dia 15, andar de táxi fica mais caro: o quilómetro
passa a custar 42 cêntimos e a hora de espera 11,99 euros. Um “balão
de oxigénio” que apenas mitiga os efeitos da alta dos combustíveis,
dizem as organizações do sector.
A decisão do Governo, tomada no rescaldo da greve dos camionistas,
ocorre num altura em que se tem registado um ligeiro aumento do
número de clientes. O único ponto consensual entre a Associação
Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) e a
Federação Portuguesa do Táxi (FPT),
No entanto, a solução para acabar com a dependência dos preços do
gasóleo passa pelas energias alternativas. “O Governo poderia ter ido
mais longe nesta matéria, apoiando a reconversão da frota, com uma
linha de crédito especial. Devemos apostar nos automóveis híbridos,
nos eléctricos e nos que funcionam a GPL e a gás natural”, defendeu,
por seu lado, Carlos Ramos, presidente da FPT.
Aquele dirigente destacou o exemplo de Madrid, em que uma petrolífera
paga a conversão e ainda oferece 1100 euros em vales de combustível.
As autoridades, por seu lado, dão um subsídio de dois mil euros aos
profissionais que aderirem ao GPL.
https://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?
content_id=967744
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8. País: Metais em alimentos põem sérios riscos à saúde
A globalização está a colocar maiores desafios no controlo dos
alimentos ao tornar acessíveis produtos difíceis de rastrear no seu
percurso e origem. O perigo pode espreitar mesmo em produtos que
alegadamente nos fariam bem à saúde.
“Há pessoas que bebem litros de chá por dia na esperança de viverem
120 anos e não sabem que estão a ingerir doses metálicas muito
elevadas”. O alerta foi lançado por Maria de Lurdes Bastos, da Rede
de Química e Tecnologia (ReQUINTE), um núcleo de investigação
resultante de parceria entre a Universidade Nova de Lisboa e o Centro
de Química da Universidade do Porto.
Na comunicação que apresentou ao recente Encontro com os Laboratórios
Associados, a mesma especialista sublinhou a importância do controlo
dos metais pesados em alimentos e da informação ao consumidor: “É
importante sabermos o que comemos quando, por exemplo, comemos
bivalves da Ria de Aveiro ou daqueles que vêm da Coreia”, disse,
referindo-se às amêijoas brancas e pretas que se tornaram vulgares
nos frigoríficos das grandes superfícies desde há dois anos.
De acordo com Maria de Lurdes Bastos, haverá que monitorizar nos
alimentos o teor de metais pesados como o arsénio e o cádmio (que
potenciam ou desencadeiam a formação de tumores cancerígenos), bem
como o mercúrio (que é nefrotóxico) ou o chumbo (que é neurotóxico e
reduz os índices de inteligência). A monitorização dos riscos
justifica-se tanto mais quanto há alimentos aparentemente
insuspeitos: o arroz, indicou, é um dos maiores veículos de cádmio na
nossa alimentação. “São fundamentais os estudos de bioconcentração
dos metais tóxicos pelos vegetais”, acrescentou também.
Medidas preventivas quanto aos metais pesados podem tornar-se
importantes para a saúde das populações, mesmo quando não se referem
à alimentação. Foi o caso citado da proibição da gasolina aditivada
com chumbo, tipo de combustível que contaminava o ar respirado nas
ruas e estradas. Desde então “houve uma descida abissal da
concentração de chumbo no sangue das populações”.
O estudo da presença dos metais pesados não deve ignorar os novos
alimentos como suplementos alimentares ou dietéticos, os extractos e
bebidas, afirmou ainda Maria de Lurdes Bastos. Essas são as situações
que lançam novos desafios à investigação e que decorrem da
globalização quando esta chega a países “em que há laboratórios e
onde está tudo regulamentado”, como acontece na Europa.
A monitorização constante será o método aconselhável, até porque há
variantes de uma mesma espécie que podem absorver ou rejeitar a
contaminação metálica.
https://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?
content_id=967720
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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.
O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
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Se quiser consultar os boletins anteriores veja
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:
Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por Maria Carvalho
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