Uma notícia que (infelizmente) me passou despercebida!
Creio que em O Primeiro de Janeiro de 2 de Setembro (por Eduarda Vasconcelos )
«O processo de requalificação da Avenida dos Aliados, um investimento de 4,8 milhões de euros, já está em marcha. A adjudicação da empreitada foi aprovada durante o mês de Agosto e sabe-se já que os trabalhos irão prolongar-se por cerca de 150 dias.
O Conselho de Administração da Metro do Porto autorizou, em reunião ocorrida no passado dia 17, a adjudicação das obras de requalificação da Av. dos Aliados. A entrega da empreitada à construtora escolhida estava prevista para esta semana, sendo certo que os trabalhos começarão imediatamente após este acto.
A proposta levada a reunião foi a mais barata, conforme revelou o presidente da Comissão Executiva, representando um investimento na ordem dos 4,8 milhões de euros. Oliveira Marques considera a empreitada como “delicada” e assume-se como o “culpado” pelo atraso no arranque. A justificação para a falta de progresso reside muito simplesmente no facto de ter sido repetido o concurso público. Numa primeira fase candidataram-se 23 empreiteiros e desses foram escolhidos 6/7 que tiveram de apresentar um orçamento de preço e prazo. A proposta mais barata foi de 6 milhões de euros. “Achamos o preço demasiado elevado”, explicou o professor, revelando que por sua instrução directa, sem consulta do Conselho de Administração, foi repetido o concurso, repescando-se todos os 23 construtores. Quando consultados na íntegra, houve um que acedeu a realizar a intervenção por 4,8 milhões de euros, poupando assim a Metro do Porto 1,2 milhões: “Atrasou um mês, mês e meio. Paciência”, considerou. “Nada teve a ver com câmara municipal nenhuma, nem com qualquer tipo de politização”, assegurou, sustentando que “ao contrário do que o que querem fazer parecer haver eleições nunca foi critério para calendarizar ou descalendarizar obras e inaugurações do Metro”. “Eu sou o responsável pelo atraso”, insistiu.
As obras no coração da cidade do Porto deverão estar concluídas em 150 dias, se respeitados os termos da adjudicação.
O projecto é da autoria dos arquitectos Siza Vieira e Souto Moura. (…)
A obra já colheu o parecer favorável do Instituto Português do Património Arquitectónico, apesar de várias contestações ao projecto por parte de associações ambientais e outras ligadas ao património. (…).»
“Nada teve a ver com câmara municipal nenhuma, nem com qualquer tipo de politização”; nem com mais nada?
É pena. Pois devia ter. Isso só mostra o completo alheamento da vontade dos portuenses (não digo todos, claro….)
Devia ter com a infracção das leis, com ” REL=”nofollow”> a comissão de avaliação do Ministério do Ambiente , ” REL=”nofollow”>com o Manifesto dos cidadãos e as mais de 5000 assinaturas recolhidas . E não nos venha o Sr. Oliveira Marques falar de “politização”, como se neste caso isso não tivesse acontecido desde o início e de modo mais gritante quando foi sobranceiramente ignorada a vontade (diga-se de passagem bastante frouxa) da Assembleia Municipal para que houvesse discussão pública do projecto.
(E atenção não confundir discussão pública com a apresentação que os autores do projecto fizeram mais tarde na Assembleia Municipal, nem sequer se dignando ficar para a parte final da sessão).