A Câmara e a Metro do Porto preparam-se para transformar
a Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade,
de alto a baixo, num deserto cinzento, sem cor e sem alma.
Como já sucedeu no alto da avenida, serão abatidas árvores,
e desaparecerão os canteiros e os desenhos da calçada
para darem lugar ao granito inóspito.
À revelia da lei e do respeito que é devido aos cidadãos,
os portuenses não foram tidos nem achados nesta transformação.
A cidade é de todos, não da Câmara e muito menos da Metro.
Ninguém tem o direito de destruir a memória da cidade
contra a vontade dos cidadãos.
Neste momento decisivo da história da cidade, o Porto precisa de si.
Manifeste-se connosco no sábado, 12 de novembro, às 11h00.
Juntos na Praça da Liberdade, pela Praça da Liberdade.
Juntos na Praça da Liberdade, pela Praça da Liberdade.
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Creio que o deserto cinzento irá ser ainda maior, pois segundo os responsáveis da Metro, não poderão ser plantadas algumas das árvores que se mostram na maquete inicial, por causa da pouca espessura da placa sob a qual passa o túnel do metro.
Força pessoal!
Pois quanto às árvores espero que caso o projecto avance consigam pôr realmente a quantidade que prevêem. Mas será difícil cumprir o previsto pelo menos na parte superior da Avenida. Vejamos o que afirmaram os representantes da METRO na audição da comissão parlamentar:
«Deputado Sérgio Vieira: Sr. Professor Oliveira Marques: o IPPAR mostrou-nos um projecto onde tinha colocação de árvores nas margens da Av. dos Aliados. É possível ou não? A quantidade de betão necessária para construir o Metro, para construir o acesso às estações inviabiliza ou não tecnicamente a colocação daquelas árvores, é possível ou não?
Oliveira Marques: para mim é particularmente difícil de responder, mas eu tentarei… Talvez o Sr . Arquitecto Manuel Teixeira possa responder no meu lugar.
Quanto às árvores na Av. dos Aliados: há ali uma realidade nova, o tecto da estação da Avenida dos Aliados está muito próximo da superfície, portanto já não é tão fácil colocar espaços verdes como era anteriormente. Mas eu penso que o Arquitecto Manuel Teixeira tem mais noção do que eu próprio sobre as restrições que a implantação da estação impôs sobre o acautelamento desse aspecto de natureza ambiental.
Arquitecto Manuel Teixeira: Boa noite. Relativamente ao projecto na Av. dos Aliados existem pontualmente áreas onde a laje de cobertura da estação está bastante à pele da Avenida e como tal não permite a plantação de árvores.
conferir aqui
Aqui na Maia, frente a camara, tambem virou granito faz muito tempo. Agora um desses Srs. Arquitectos idealizou um canteiro com flores que é um “espanto”. Se passarem na Maia não percam, é uma verdadeira obra de arte!!! Não acredito que agora vão fazer o mesmo á nossa Avenida. Onde fica a história da cidade no disto tudo. Porque não fazer projectos destes onde não exista nada.
Sábado lá estarei na Praça.