Um dos primeiros Aliados a marcar presença foi o incondicional defensor da “calçada portuguesa” e assíduo colaborador do Correio dos Leitores no JN sobre este assunto.
Os portuenses que acorreram ao apelo não foram muito numerosos*. Pesou sem dúvida o facto da reunião se ter decidido em poucos dias (devido ao anúncio do início das obras) para além da já conhecida fraca participação cívica dos portugueses em geral (não sei se dos portuenses em particular…).
Enfim foram poucos mas bons, como se costuma dizer…
Para além de Nuno Quental, que abriu a parte das intervenções, outros presentes fizeram também questão de manifestar a sua opinião e o seu descontentamento.
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Muitas pessoas que não tinham ainda tido oportunidade de assinar o manifesto fizeram-no então (recolheram-se 165 assinaturas); e há sempre necessidade de explicar em alguns casos o que a Metro e Câmara projectam para aquele espaço, pois ainda agora uma enorme maioria de pessoas desconhece por completo o que se anuncia.
Mas, como já reportou um dos participantes , a maior parte do tempo passou-se em ameno convívio e, graças a uma Aliada benfeitora, tivemos castanhas à descrição, o que fez com que celebrássemos, sem contar, o S. Martinho na Praça da Liberdade. O Sol, como manda a tradição, não deixou de aparecer.
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A música também não faltou e para além de nós, quem se deliciou foram os turistas e os habituais transeuntes surpreendidos por este programa de animação pouco habitual na Baixa.
*O número de participantes apresentado pelas fontes jornalísticas varia entre as três dezenas e as duas centenas. Eu francamente não contei o número de pessoas que se dignaram marcar presença na Praça da Liberdade. As próprias forças de ordem informaram-me que iriam reportar a presença de 150 pessoas.
Essas contas são sempre uma treta. Eu passei pela praça e, enquanto lá estive, percebi que havia, continuamente, pessoas que chegavam e pessoas que partiam. Ou seja, deve ter estado mais gente. Aliás, se foram recolhidas 165 assinaturas e nem toda a gente assinou (…), está bom de ver que as contas pecam por defeito. Mas é certo que eu contava ver mais gente.
Meus Caros, julgo que nenhum cidadão da Invicta Cidade ou seu apreciador pode sequer imaginar que seja retirada a Calçada Portuguesa… estou mesmo incrédulo que tal ideia esteja a ser considerada.
Apenas consigo classificar de CRIME tal intenção. Estamos perante mais um CRIME contra a minha querida cidade.
Aquelas pedras, que todos nós percorremos milhares de vezes, são um pedaço da nossa história colectiva.
Haja, pelo menos, respeito pelo passado já que parece que os “decisores políticos” não conseguem respeitar o nosso futuro…
Sal de Portugal
Tenho muita pena de não ter podido lá estar, mas pelos vistos foi uma boa acção de rua que serviu para alertar alguns mais distraídos, e para que os jornais também comecem a falar no assunto.
É pena que os partidos políticos, presos nas suas teias de interesses não tomem posição frontal, mas, pelo menos, já começaram a falar também.
Tenho pena de não ter lá estado, mas não tenho acompanhado muito as notícias e quando soube já era tarde demais. Podiam ter enviado emails de aviso a quem assinou a pela internet, assim teriam provavelmente mais gente (pelo menos eu teria ido).
Cara Micaela- eu enviei mail… lamento imenso o seu ter falhado!