"Portugal em directo" – o que se disse

por | Nov 26, 2005 | sem categoria | 1 Comentário

(com comentários)

O programa começou com a retransmissão de pequenos excertos de uma reportagem da RTP sobre a reunião convocada para a Praça da Liberdade no passado dia 12 de Novembro , nomeadamente as declarações de Rui Reininho, e do arquitecto Sena Esteves que afirmou:
É cinzento. É cinzento. É triste e já está à mostra, em vários sítios. Esse pavimento é triste. E este pavimento é um pavimento bonito, alegre. E é pena perder-se esta arte de fazer pavimentos que é levada até para outros países.
A jornalista concluíu: As obras de requalificação dos Aliados vão custar quase cinco milhoes de euros. Nesta manifestação foi feita uma recolha de assinaturas que já foram enviadas para a Assembleia da República. Entretanto estão a ser pensadas novas acções de protesto para tentar pôr um travão ao projecto.
(Aproveita-se para rectificar este detalhe da recolha das assinaturas: o total de assinaturas enviadas para a Assembleia da República em finais de Julho foram de 5762 como se pode comprovar aqui; entretanto por uma questão simbólica continuaram-se e continuam-se a recolher assinaturas. Em início de Outubro atingiram-se as 6200 assinaturas e actualmente já deve ter ultrapassado 7000; no dia 12 de Novembro recolheram-se mais 165 assinaturas)

Acabada esta parte que serviu de introdução, no estúdio, a jornalista pergunta a Andreia Neves, jornalista que fazia o directo do Café Guarany, na Avenida dos Aliados:
Mas o Presidente da Câmara do Porto Rui Rio está determinado a avançar com este projecto e considera-o mesmo irreversível. Andreia Neves o que é que vai valer afinal a contestação?

Andreia Neves (jornalista): Rui Rio diz que essa contestação é muito respeitada por ele enquanto Presidente da Câmara, porque sabe que as pessoas a fazem apenas por amor à cidade do Porto. Mas diz no entanto que a contestação não vai levar a lado nenhum porque como Câmara, a Câmara decidiu e está decidido, portanto o que vai acontecer muito simplesmente é que o projecto já está aprovado, já está no terreno e vai estar pronto em Março do próximo ano.
O Presidente da Câmara não pôde estar presente neste debate em directo porque a esta hora assiste à inauguração da sede da candidatura de Cavaco Silva aqui na cidade no Porto a poucos metros aliás, por isso foi possível falar com ele antes numa entrevista previamente gravada em que apresentou as razões para a mudança de cenário desta zona centro do Porto.
……
Jornalista: Sr. Dr. esta obra é uma obra irreversível?
Rui Rio: Repare naturalmente é irreversível na medida em que se vai fazer… daqui por quarenta, cinquenta, sessenta anos se calhar podem fazer diferente…
O que eu quero dizer é o seguinte: há um projecto, esse projecto é feito por dois conceituados arquitectos, um dos quais então considerado talvez um dos melhhores arquitectos de sempre de Portugal que é o arquitecto Álvaro Siza Vieira. São duas pessoas nas quais todos nós confiamos plenamente do ponto de vista técnico. A Avenida não pode voltar a ser o que era porque seja que arquitecto for não consegue voltar a pôr na exacta medida que há as duas bocas de entrada (da estação) da Avenida dos Aliados que transformam completamente a Avenida. Portanto os mesmos canteiros etc. tudo isso, não podiam ser, tinham de necessariamente ser diferentes.

[reparo: os acessos à estação subterrâne apenas existem na parte superior da Avenida, na primeira plataforma destruída para se fazer a estação; a opção de se “uniformizar” em cinzento e transformar radicalmente todo o conjunto não se deve a estas entradas !]

Este projecto foi discutido e informado. Ou seja fizemos um mailing a todas as caixas do correio, [n]a Revista da Câmara que também é distribuída em todas as caixas de correio foi explicado por duas vezes o projecto, tivemos uma sessão na Assembleia Municipal, tivemos uma sessão pública nos Paços do Concelho.

[reparo: esta Assembleia Municipal foi uma Assembleia extraordinária convocada exactamente devido ao facto do Sr. Presidente da Câmara na votação em sessão de Câmara para se proceder à discussão pública da obra na Av. dos Aliados ter usado o seu voto de qualidade para impedir que esse debate se realizasse! Ver mais detalhes aqui].

As pessoas estão a contestar e em alguns do casos nota-se com algum conhecimento de causa, portanto estão informadas, ouvimos as pessoas e depois há uma Câmara que é eleita e tem de decidir.
A democracia é assim, não pode agradar a todos, seguramente, e neste caso concreto por mais simpatia que eu tenha, e tenho pelas pessoas que estão a contestar, porque eu já tive oportunidade de dizer e volto a repetir: estão a contestar porque gostam da cidade, não ganham nada com isto, é apenas porque gostam da cidade e portanto isso merece-me respeito. Agora depois, no fim é preciso fazer qualquer coisa. A Avenida não pode ficar nestes termos e portanto vai ser feito esse projecto. Como digo, mas bom, é para sempre? Claro que não é para sempre, tudo isto muda. Tanto não é para sempre que o que está não é para sempre, vai mudar agora.
Eu pessoalmente estou convencido, mas estou mesmo convencido que nós vamos ficar aqui com um espaço fantástico, não só a Avenida dos Aliados, como desde Gonçalves Cristóvão, o viaduto Gonçalves Cristóvão até à ponte Luis I, vai ser tudo requalificado por força das obras do metro. Eu estou convencido que o Porto vai ficar aqui com um espaço fantástico, desenhado por dois grandes arquitectos. Vamos ver o resultado final . Nós conhecemos os desenhos, eu consigo imaginar, mas depois uma coisa é ver, eu estou confiante que realmente vamos ter aqui um espaço fantástico

Jornalista: Admite algum diálogo e algumas concessões desde que os arquitectos concordem também.
Rui Rio: Naturalmente esse diálogo não é comigo. Eu não fiz o projecto. Se os arquitectos estiverem disponíveis, eu já tentei inclusivé falar com eles, para ouvir essa contestação que têm feito, no sentido de tentar absorver eventualmente um reparo ou outro reparo, de certeza reparos menores, porque se forem reparos maiores ele não muda o projecto, se eles estiverem disponíveis, eu acho isso útil, e acho saudável. Agora é preciso notar uma coisa: no fim é preciso decidir e a responsabilidade de decidir é minha, fui eleito para decidir, tenho de decidir, e portanto decido desta maneira, não é.
….
Andreia Neves (jornalista): Foi esta entrevista de Rui Rio, previamente gravada como já dissemos, pela impossibilidade do Presidente da Câmara do Porto estar presente neste debate em directo por compromisso oficial já antes assumido no entanto o debate mantem-se. Ou seja está aprovada a obra, aliás está em curso nesta altura, deve demorar cinco meses, isto a contar desde a altura que começou até agora, o que significará certamente que em Março do próximo ano a Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade terão uma nova cara. Uma nova cara que não deixa de ser contestada por várias personalidades da cidade e várias Associações, cinco ao todo. Para começar a saber porquê convidámos Germano Silva, ele é jornalista e é também autor de vários livros sobre a cidade do Porto, conhece esta cidade como a palma da mão e está contra este projecto. E pergunto porquê?

Germano Silva: Sim porque o projecto é desnecessário. Não havia necessidade de construir uma estação de metro aqui na Avenida dos Aliados. Há uma estação em S. Bento e há outra na Trindade, esta é desnecessária. E é esta que provoca justamente esta alteração que vai modidificar por completo a fisionomia de uma avenida, de um local que era o fórum desta cidade. É aqui que exprimimos as nossas alegrias, fazemos as nossas reivindicações, e o desaparecimento do basalto e dos canteiros é retirar a pincelada de cor e alegria que esta cidade tinha no centro. (ler entrevista de Germano Silva a Ana correia Costa do JornalismoPortoNet)

Andreia Neves (jornalista): Já sei que defende também ou tinha defendido uma eventual consulta pública que não se chegou a realizar.
Germano Silva: Exactamente. Uma obra desta envergadura devia obedecer a uma consulta pública à cidade. Aliás o dinheiro que se vai gastar aqui devia ser aplicado na reconverversão, ou na recomposição do Jardim do Marquês do Pombal, a estação do Marquês já está feita, e o (jardim do) Marquês ainda não foi restituído ao público; e outros jardins, como o Jardim de S. Lázaro que está num completo abandono e é o jardim romântico por excelência da cidade, a Praça da República que é um eirado, já não é um jardim…

Andreia Neves (jornalista):Portanto havia muito onde gastar o dinheiro, e não aqui?
Germano Silva: Havia muito onde gastar o dinheiro e não aqui.

Andreia Neves (jornalista): (…) voltaremos a falar novamente na segunda parte deste debate… Obviamente vou agora dirigir-me para algumas pessoas desta cidade do Porto, algumas das quais obviamente também contestam este processo. Vamos tentar saber as razões de uma forma breve. Dulce Marques de Almeida é arquitecta e não está muito satisfeita, com este projecto.
Dulce Almeida (arquitecta): Absolutamente contra o projecto e o processo que o envolveu.
O projecto porque de facto continua uma atitude e uma maneira de estar na arquitectura que é a da “tábua rasa” que é uma atitude modernista que não está absolutamente dequada ao presente século xxi onde o conduzir a cidade a um futuro sustentável está na ordem do dia, e é absolutamente indispensável.
E ao processo por razões idênticas: quando numa época em que é indispensável que os cidadãos estejam envolvidos em tudo o que é intervenção na cidade e se pretende eefim animar e reactivar a Baixa isso não acontece e mais do que isso, quando se pede para se ter uma palavra junto do poder local, não há eco.


Andreia Neves (jornalista): Muito bem esta é uma das razões e para terminarmos, Artur Pires Silva é professor. Também está contra?
Artur Pires Silva: Sim, inteiramente, e subscrevo aqui as palavras da Srª Arquitecta e gostaria de acrescentar que o povo portuense não foi chamado a pronunciar-se e as decisões caíram numa espécie de tecnocracia. Cada vez mais são os especialistas que determinam e não o cidadão comum. Eu acho que isso não é maneira de fazer política.

Andreia Neves (jornalista): Agradecemos aos dois esta opinião.
Como vemos são muitas, como já disse cinco Associações que contestam, são mais ainda as pessoas que o fazem, o abaixo-assinado do passado dia 13 de Novembro conseguiu pelo menos 7ooo assinaturas [ver rectificação no início].
Na 2ª parte deste debate vamos tentar também ainda saber as razões a nível ambiental, a níverl de comerciantes e nível daqueles que vivevem no Porto e estão contra.

No Estúdio: Apesar de todas estas opiniões contra, pelos vistos não vai valer de nada pelo menos pelo que foi dito pelo Presidente da Câmara do porto. Mas vamos esperar pela 2ª parte para ver o que o debate traz de novo.

(…)
Andreia Neves (jornalista):Poderá ser ou não inglória esta luta, uma vez que também na entrevista ouvimos Rui Rio dizer que eventualmente os arquitectos Souto Moura e Siza Vieira poderão proceder a algumas alterações ao projecto, pequenas alterações e desde que eles assim o entendam, ele poderá aceitará essas alterações. Resta é saber se esse diálogo poderá ser ou não possível. Os arquitectos não estão presentes neste debate apesar de o convite lhes ter sido dirigido.
Dirijo-me então a Nuno Quental, da Associação Campo Aberto, ele é também engenheiro do ambiente. Acha que é possível proceder ainda a algumas alterações?

Nuno Quental (engenheiro do ambiente): Eu penso que sim, vamos sempre a tempo de fazer alterações desde que seja para melhorar este projecto.
Nós fundamentalmente somos a favor da preservação da calçada portuguesa, da preservação das árvores, há muitas árvores que vão ser abatidas desnecesáriamente por causa da necessidade de estreitar a placa central. Ora se cortarmos pelo menos uma faixa de rodagem ao trânsido automóvel, passando de três para duas faixas poderíamos salvar essas árvores e manter a Avenida tal como está; manter também e recuperar e até melhorar os jardins que ainda existem.

A parte dos jardins é extremamente importante, aliás foi isso em grande parte que motivou o facto de toda a Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade estar em vias classificação no Instituto do Património.

Andreia Neves (jornalista):Essas são algumas das vossas reinvindicações neste momento. O diálogo acha que ainda é possível?
Nuno Quental (engenheiro do ambiente):Eu penso que sim. Nós estamos sempre disponíveis para o diálogo, aliás já endereçámos uma carta a diversas instituições a pedir uma nova audiência para isso mesmo; entregámos assinaturas; portanto o diálogo vai sempre a tempo. Tal como eu disse, desde que de facto as outras pessoas também estejam disponíveis, nós estamos disponíveis. Se de facto quiserem alterar o porjecto nós estaremos sempre de acordo em colaborar na medida das nossas possibilidades.

Andreia Neves (jornalista):Agradeço também a Nuno Quental este depoimento. Importante é também dizer que alguns estudos levam mesmo a concluir que a temperatura aqui no centro da cidade do Porto poderá aumentar de 7 graus com a retirada de algumas árvores.

Dirijo-me agora a alguns comerciantes aqui desta zonas. Fernando Fernandes, de uma forma muito sintética o que é que acha, (o senhor que) que está aqui há tanto tempo instalado, destas obras?
Fernando Fernandes (comerciante): Ora bem eu acho que o problema aqui é num todo… O projecto que está aqui a ser feito à revelia das pessoas do Porto. Têm-se feito várias manifestações e abaixo-assinados, e as pessoas não têm recebido as …
Andreia Neves (jornalista):Vossas opiniões?
Fernando Fernandes (comerciante):Exactamente.

Andreia Neves (jornalista):Mas está contra o projecto?
Fernando Fernandes (comerciante):Totalmente contra na medida em que vai mudar totalmente as nossas referências. Portanto no Porto, a Avenida dos Aliados deixa de ser a sala de visitas do Porto para ser uma sala de visitas cinzenta, sem cor, sem vida, conforme estão todas as praças hoje, pós Porto 2001: são feias, são cinzentas, são tristes, cheias de granito. Eu conheço uma parte grande da Europa e esta calçada portuguesa é única no mundo.

Andreia Neves (jornalista):Agradeço também o seu comentário. Muito obrigada por ter vindo a este “Portugal em Directo” .
Orminda Gonçalves, também é comerciante também conhece esta zona melhor do que ninguém, acaba por cá viver quando está a trabalhar, o que é pensa do projecto?
Orminda Gonçalves (comerciante): Eu estou na Avenida dos Aliados desde 1972 e acho que a Avenida dos Aliados teve sempre esta visão. Lamento que se tenha tirado tudo isto, que são realmente referências… para mim… eu cresci aqui porque vim para aqui com 16 anos, e portanto tenho muitas fotografias da Avenida, dos meus filhos que nasceram aqui, cresceram aqui e infelizmente é isto que… vou realmente guardar com muita mágoa. Porque realmente isto que se está a fazer é um atentado.

Andreia Neves (jornalista):Agradeço também a sua opinião. Chego um pouco à frente para falar com Maria Rosa Carvalho… Como habitante do Porto o que é que pensa deste projecto?
Maria Rosa Carvalho: Muito mal.

Andreia Neves (jornalista):Porquê ?
Maria Rosa Carvalho: Porque acho que o jardim… acho que tudo o que existe na Avenida dos Aliados é a coisa mais bonita que temos no Porto.

Andreia Neves (jornalista):E então o que é que pensa fazer? Alguma coisa?
Maria Rosa Carvalho: Tomara eu, mas sozinha não posso fazer nada. Eu ontem já liguei para a rádio, liguei para a televisão, eu liguei para todo o lado porque eu não tinha conhecimento de nada. Tive conhecimento que andavam a tirar as grades lá em baixo, em frente à cervejaria Sá Reis. E acho quer dizer… faz mal. O projecto do senhor arquitecto Siza Vieira, e do senhor arquitecto Souto Moura, aliado com o presidente da Câmara Rui Rio, acho que está muito mal.

Andreia Neves (jornalista):Vai sentir saudades disto?
Maria Rosa Carvalho: Muita muita saudade. E se eu pudessse fazer alguma coisa, eu fazia! Como muitos se têm visto… em localidades deTrás-os-Montes que as pessoas se metem à fente dos tractores para evitar determinadas coisas.

Andreia Neves (jornalista): Determinados. Determinados por dentro.
Nesta altura vou-me dirigir de novo a Germano Silva, ele que conhece a cidade do Porto como ninguém. Falou connosco na primeira parte. Mas tenho uma pergunta importante para lhe dirigir agora, uma vez que ao contrário do que aconteceu com o túnel de Ceuta, neste caso o IPPAR até aprovou o projecto.
Germano Silva: O IPPAR tem tido atitudes incompreensíveis. Durante muit o tempo reprovou a construção Torre de Fernando Távora junto à Sé, depois aprovou-a; levantou o problema do túnel de Ceuta; aprovou este plano aqui; e nunca se pronunciou, que eu saiba, sobre a destruição de umas cassas dos século XVI, das poucas que havia no Porto em pleno centro histórico da cidade ali na…

Andreia Neves (jornalista):Mas o Germano conhece tão bem esta cidade, diga-me a cidade está ficar irreconhecível?
Germano Silva: A cidade está a ficar irreconhecível com este tipo de obras. Que dizer, eu não sou contra o metro. O metro é um benefício para a cidade, importante, e isso está provado. Agora não havia necessidade de se construir uma estação aqui, na Avenida dos Aliados! (…)

Andreia Neves (jornalista):Agradeço mais uma vez a sua participação neste debate.
É portanto assim, a obra é irreversível, vai continuar. Eventualmente poderá ter pequenas alterações, mas essas alterações serão de circunstância se os arquitectos autores da obra Siza Vieira e Souto Moura concordarem, Rui Rio e a Câmara do Porto estão dispostos a aceitar essas pequenas alterações.

Há um abaixo-assinado com 7000 assinaturas a pedir que as obras não sejam feitas assim. São necessárias porque aqui na Avenida dos Aliados há acessos a construir à estação do Metro [rectificação: os acessos já foram construídos no alto da Avenida, apenas nessa zona, não há mais acessos a serem construídos]. Há também, é importante que se diga uma queixa destas Associações nas instâncias europeias e no Governo, agora como é que isto vai acabar, parece que de alguma forma com o avanço das obras e eventualmente umas pequenas alterações, se o diálogo ainda vier a ser possível.

Esperemos que a Câmara e os arquitectos em especial venham a ser sensíveis a essas opiniões e venham a poder adaptar esssas sugestões que foram imensas de resto, que ouvimos neste debate. Parece que a população está mais contra do que a favor de todo esse projecto.»

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1 Comentário

  1. Teófilo M.

    A esperança, é sempre a tábua a que nos costumamos agarrar em tempo de aflição.

    Parece-me que os senhores arquitectos e o senhor Presidente da Câmara, entraram no famoso jogo do empurra, para empatar mais algum tempo.

    Não se poderá recorrer a embargo uma vez que ainda há assunto a ser discutido na AR?

    Responder

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