No JN- «Na Avenida dos Aliados, as obras de requalificação já avançam. O projecto de Siza Vieira e de Souto Moura está a ser concretizado no terreno, mas a empreitada está envolta em polémica. Que já chegou ao tribunal. Associações cívicas apresentaram uma providência cautelar reclamando a interrupção dos trabalhos. Contestam, sobretudo, a retirada da calçada portuguesa dos passeios e a sua substituição por granito*.
Ao contrário das restantes estações da Linha Amarela no concelho do Porto, o desagrado não vai para o facto dos trabalhos de renovação da superfície nunca mais avançarem. Nos Aliados, os protestos são mesmo contra o início das obras, porque a intervenção não é consensual. De qualquer forma, as máquinas já esventraram o que restava da placa central da Avenida e os desvios de trânsito efectuados para possibilitar a empreitada já causam grande confusão no trânsito.»
*E não só: contesta-se a descaracterização de um conjunto que está em vias de classificação desde 1993 e a imposição de um projecto contemporâneo numa zona histórica, contesta-se a retirada das zonas ajardinadas e dos canteiros de flores, contesta-se a impermeabilização do solo, contesta-se o facto de se manterem três faixas de rodagem para o trânsito e consequentemente se diminuir a placa central e eliminar o jardim, contesta-se a forma autocrática como o projecto está a ser imposto à cidade…
E a contestação não é de agora: todos estes (e outros) pontos foram enumerados no primeiro comunicado à imprensa (e reiterados nos outros) sobre esta mais que polémica intervenção, em 14 de Abril de 2005. Sim leram bem: em Abril e esse comunicado nem sequer foi a primeira manifestação pública de descontentamento; outras houve e como a nossa igualmente ignoradas e menosprezadas tanto pelos autores como pelos responsáveis pela obra.
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