Tendo estado presente quando foram prestadas algumas informações ao jornalista, não posso deixar de “corrigir” o conteúdo da notícia saída no Público hoje com o título de “Obras dos Aliados podem chegar ao Parlamento“:
1- O título: as obras dos aliados “não” podem chegar ao parlamento, a discussão deste assunto, JÁ CHEGOU AO PARLAMENTO na medida em que, na sequência do envio de uma petição com mais de 4500 assinaturas, a chamada “requalificação da Avenida dos Aliados e da Praça da LIberdade” foi debatido pela Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura (ler relatório final de 18 de Novembro). O que ainda nao aconteceu foi este caso ter “subido ao plenário” o que acontecerá em data próxima ainda não agendada.
2- Não é “A associação ambientalista Campo Aberto [que] está a tentar sensibilizar os grupos parlamentares a levar a questão das obras na Avenida dos Aliados a plenário, na Assembleia da República.”! Nem tem havido reuniões “no Governo Civil do Porto com deputados de vários partidos eleitos pelo distrito”. O que houve sim foi um pedido feito por representantes das associações APRIL , ARPPA, Campo Aberto, GAIA (responsáveios pelo envio do manifesto/petição para a Assembleia da República -ver aqui mais informações) à Sr. Governadora Civil do Distrito do Porto no sentido de possibilitar este encontro com os deputados do círculo do Porto para que possamos expor os nossos pontos de vista. Mas não houve ainda nenhuma reunião com os deputados!
3- Não foi a “Campo Aberto [que] interpôs a primeira providência cautelar a 12 de Dezembro”. Mas sim as associações APRIL , Campo Aberto e GAIA.
4- Não se disse que “A Inspecção-Geral da Administração do Território também deve estar quase a pronunciar-se.” O que foi afirmado por Maria de Carvalho é que NÃO se tem a mínima informação sobre a posição do IGAT. Recorda-se que segundo o relatório final o assunto foi comunicado à Inspecção-Geral da Administração do Território para que esta no quadro das suas atribuições e competências possa “analisar os procedimentos utilizados e tomar as providências que considerar adequadas“.
Durante a conversa com o jornalista – por ocasião do convívio proporcionado pela inauguração .da sede .da Campo Aberto – aconselhámos a consulta deste blogue (que mais não é do que um dossiê virtual sobre o assunto) para esclarecimentos e precisões -e no fim, pedi explicitamente que fosse referido a sua morada (url). Lamentamos que isso não tivesse acontecido (e esperamos que o simpático jornalista não leve a mal estes reparos…)
Muito interessante o V. site.
Para não variar este post foi parar ao Plagiadíssimo.
Obrigado e um abraço
Meu caro manueladlramos
Em resposta ao seu (ao menos refere de onde tirou os posts 😉
está no link depois da noticia.
Neste caso Dupont.
Satisfeito?
Cara Manuela Ramos,
Deixe-me, antes do mais, agradecer-lhe a iniciativa que tomou. Os jornais são órgãos abertos e, infelizmente, falíveis. Por muito que o esforço tremendo que fazemos diariamente vá em sentido contrário.
Sem, de qualquer forma, querer enjeitar responsabilidades por eventuais imprecisões, que lamento, deixe-me salvaguardar dois ou três pontos:
1 – ao escrever que as obras “podem chegar ao parlame nto”, estava, como o texto depois esclarece, a referir-me ao Plenário. Aliás, adiante no texto, é focado o facto de a Comissão Parlamentar de Educação já estar “sensibilizada” para a questão.
2- Na conversa tida com a representante da Campo Aberto, à qual Manuela Ramos assistiu, foi feita uma referência explícita a uma reunião com a Governadora Civil do Porto.
3 – Ao colocar a questão “quando interpuseram a primeira providência cautelar?”, a resposta foi simples: “A 12 de Dezembro”. Nunca, em momento algum, foi exposto que teriam sido também outras associações a fazê-lo.
4- Quanto a este ponto,lamento a forma assertiva como desmente o que está entre aspas, logo é atribuído à vossa representante.Se é uma citação, seria demasiado grave adulterar o que foi dito. Quero crer que a informalidade como decorreu a conversa levou os intervenientes da Campo Aberto a dissertarem abertamente sobre o assunto.
5 – Nada a levar a mal. Apenas a agradecer a observação. Ressalvo todavia que, apesar do forte carácter objectivo e de rigor que devem nortear a prática jornalística, uma notícia tenta sempre cingir-se ao essêncial. E a sua interpretação ou leitura está , quase quotidianamente, imbuída de subjectividade.
ao dispor,
até breve,
Nuno Amaral
namaral@publico.pt
Caro Zeak, o meu (ao menos refere de onde tirou os posts 😉 foi mesmo uma afirmação, quis mesmo realçar que o Zeak refere o local de onde copia os seus posts. E o “ao menos” é para quem não o faz, o que não é nem foi o seu caso. Houve um mal entendido provocado pelo forma verbal “refere” que interpretou como se eu lhe estivesse a fazer um reparo ou pedido 😉
Cordialmente
Manuela
Caro Nuno Amaral
Muitíssimo obrigada por ter comentado! Nem imagina como lhe estou grata pela sua consideração. Hesitei bastante em enviar o comentário ao seu pequeno apontamento noticioso de domingo sobre o caso dos Aliados (insignificante face ao resumo que fez da tertúlia, e que infelizmente não estava acessível on.line) – e fi-lo movida pela necessidade que senti em desfazer a ideia que residualmente poderia ficar de que andariamos em reuniões com os deputados- conquanto esteja correcto, como repara, que tenhamos com efeito referido uma reunião com a Governadora Civil onde foi apresentado esse pedido. Esta foi a razão principal que me levou a publicar o que aqui estamos a comentar. Para além disso também o título me mereceu uma precisão, mas, como bem explica, o texto depois esclarecia melhor.
Lamento a forma assertiva como pareço desmentir o que o Nuno cita. A nossa explicação foi então incorrecta: com efeito não fazemos a minima ideia do andamento do processo no que respeita o IGAT.
Outra pessoa -mas não o Nuno Amaral – poderia levar a mal ou não ter a gentileza de comentar aqui, no blogue que me disse consultar. Eu estava esperançada que o fizesse e mais uma vez os meus agradecimentos pela sua compreensão.
Cordialmente
Manuela DL Ramos
mdlr@sapo.pt
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