«É uma tristeza muito grande e um enorme desalento por verificar que não houve nesta cidade uma veemente acção de rejeição àquele projecto. Parece-me que é um verdadeiro cataclismo urbano transformar a Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade numa área inóspita. O que encontramos ali, pretensamente referendado por uma noção de modernidade, é a modernidade mais impessoal que grassa por esta Europa. A modernidade massificada, com falta de alma. Sinto, naquela praça, uma total ausência de afectos.»
Mário Cláudio, escritor (No Público Local- 8 de Junho)
A Mário Claúdio- Sem querer comparar tristezas, desalentos e cansaços… Que me seja permitida esta interpelação. Quem diria que é esta a sua opinião! Porque até agora, o senhor, o que fez, o que disse , o que demonstrou? Nunca ouvimos falar em nenhuma manifestação sua de veemente rejeição a este projecto! Que apoio deu a quem como nós veementemente rejeitou este projecto desde o seu início? O engano é nosso ou apenas muito recentementemente exprimiu publicamente a sua opinião contra este tipo de requalificações ? (E temos estado bem atentos! ;-(
Outras opiniões
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“Se se conhecem milhares de assinaturas contra a intervenção, também se conhecem as declarações públicas, a favor, de notáveis que nunca sentiram a necessidade de se organizar porque, obviamente, concordavam com o desenho.”
«Notáveis»! Cá estão as tais “elites”. Tenho a sensação de que Portugal é todo ele feito de «notáveis», elites notáveis e notáveis elites que levaram o país ao estado em que se encontra. Tão «notáveis» que nem precisam de se “organizar” e muito menos de dialogar. É um comentário perfeito, como a nova avenida, praça ou lá o que é ou virá a ser. Vai ficar cheia de «notáveis» porque os outros vão certamente fugir de lá (como Mário Cláudio que, obviamente ;-), não pertence à classe dos famosos e invejados «notáveis»). E outros, como eu, nada «notável», que quando lá for será simplesmente para chorar aos pés das pobres estátuas que por lá ficaram, se ainda por lá estiverem.
M.R.L.
Os “notáveis” são certamente os que menos irão usar a avenida e como sempre as decisões são tomadas na razão inversa da sua utilidade, tenho notado(talvez mal) que os unicos apoiantes deste projecto parecem ser apenas seguidores, seguidores incondicionais de Rui Rio ou do Arq. Siza, quem gosta desta cidade tem de se descolar de imagens da ribalta e reparar na utilizade de um espaço, se tem vida ou não? A comparação com as praças europeias é deprimente, será que não reparam que quem nos visita adora precisamente os lindos canteiros que ainda resistem!
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